A Livraria Cultura, informou na última sexta-feira (16), que planeja vender sua plataforma online que atende cerca de 4 milhões de consumidores cadastrados, a Estante Virtual.
Em outubro de 2018, a Livraria Cultura não conseguiu pagar dívidas de, aproximadamente, R$ 285,4 milhões. Para evitar a falência, a livraria pediu recuperação judicial no mesmo ano.
A Estante Virtual, que foi comprada pelo grupo no fim de 2017, será vendida para que a Livraria Cultura possa manter suas atividades.
O prejuízo na compra da Estante Virtual
Em 2017, a negociação entre a Cultura e a Fnac para a compra da Estante Virtual causou espanto por conta da frágil situação financeira da Cultura na época.
Na última quarta-feira (14) a venda da Estante Virtual foi comunicada à Justiça de São Paulo. O negócio ainda precisa ser aprovado em assembléia de credores com previsão para o dia 5 de setembro.
Com a possível alienação da plataforma, os recursos obtidos serão preferencialmente revertidos para quitar despesas operacionais anteriores ao pedido de recuperação e quitação dos impostos, segundo a empresa.
A Cultura também quer utilizar os recursos da venda em ações de marketing, em uma tentativa de aumentar suas receitas e recompor o capital de giro.
A Estante Virtual terá seu valor avaliado por uma outra empresa de avaliação que será contratada.
“Assim como muitos outros grupos de empresas responsáveis e bem administradas, somos vítimas da profunda crise econômica que assola o país desde 2014”, afirmou a Cultura que também relatou que a incorporação da Fnac “prejudicou ainda mais o seu quadro de caixa deficitário”.
A Livraria Cultura afirmou que a plataforma Estante Virtual não possui mais “importância estratégica” para continuação das atividades.
Recuperação judicial da Livraria Cultura
O juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, homologou o plano de recuperação judicial da Livraria Cultura, em abril deste ano.
De acordo com a decisão do juiz, “os pagamentos deverão ser efetuados diretamente aos credores, que deverão informar seus dados bancários diretamente às recuperadas, ficando vedado, desde já, quaisquer depósitos nos autos”.
A Livraria Cultura entrou com pedido de recuperação judicial em 25 de outubro de 2018, com o objetivo de reestruturar uma dívida de mais de R$ 285 milhões.
Fonte: Suno Research