Governança corporativa é assunto que se mantém em pauta há alguns anos. Trata-se de um conjunto de práticas e processos que visam garantir a transparência, a responsabilidade e a sustentabilidade das empresas em suas relações com sócios, funcionários, fornecedores, clientes e sociedade em geral.
Dentre estas práticas estão a definição clara de papéis e responsabilidades, a transparência na divulgação de informações financeiras e operacionais, a gestão de riscos e a implementação de políticas e procedimentos éticos.
A governança corporativa tem se tornado cada vez mais importante na gestão empresarial, uma vez que as empresas são cada vez mais cobradas a demonstrar uma postura ética, responsável e comprometida com o meio ambiente e com a sociedade em geral. Nesse sentido, a gestão da sustentabilidade (Environmental, Social and Governance – ESG) tem se tornado uma parte essencial da governança corporativa.
De acordo com a advogada Tuany Buzato, do escritório Sartori Sociedade de Advogados, a gestão ESG é importante não apenas por razões éticas e morais, mas também por razões econômicas. “Empresas que adotam práticas de gestão ESG são mais resilientes a riscos e a crises, mais atraentes para investidores e clientes e têm mais chances de se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Além disso, as empresas que adotam práticas de gestão ESG têm uma maior capacidade de gerar valor a longo prazo, ao mesmo tempo em que contribuem para a construção de um mundo mais justo, sustentável e equilibrado”, explica.
Segundo Tuany, o movimento empresarial para a adequação ao ESG adotando práticas de governança corporativa solidificadas é uma tendência atual e que cada vez mais atingirá empresas menores. “O empresário deverá estar atento para a implementação da governança corporativa, e ter a ciência de que as pequenas e médias empresas não estão imunes, podendo a qualquer momento e independente do porte da empresa, adotar as práticas de governança corporativa”, completa.