Após o fechamento de diversas lojas da Fnac pelo país, a livraria Cultura pede recuperação judicial e atribui à medida a crise no mercado editorial que encolheu 40% (quarenta por cento) em razão do ambiente econômico incerto e da competitividade do e-commerce.
Informa a companhia em comunicado que: “Há três meses iniciou um duro programa dos ajustes, que inclui a eliminação de lojas de baixo resultado, redução no número de funcionários, corte de despesas, além de uma revisão profunda do planejamento de curto e médio prazos. Com a medida, a Cultura pretende normalizar, em curto espaço de tempo, os compromissos firmados com fornecedores, preservando a saúde da empresa, a manutenção dos empregos e gerando mais estímulos para crescer”.
Ainda, segundo o anúncio, a companhia está mais enxuta e preparada para enfrentar os novos desafios do varejo. “Queremos atuar de forma agressiva nos canais digitais e, ao mesmo tempo, iremos manter poucas, mas ótimas lojas físicas pelo país”, informa.
Segundo a advogada Michelle Cristine da Graça Araujo, da sociedade de escritórios Sartori & Forti, este segmento obteve o pior desempenho do varejo brasileiro no ano de 2018, em consulta ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O desafio para as livrarias na era da internet é torná-las novamente um espaço cultural e um ponto de encontro de pessoas, com palestras e contação de histórias, por exemplo”, completa.