A agência de turismo Lon Tour, que fechou as portas e cancelou vários pacotes de viagem de clientes, começou o processo para a recuperação judicial e se prepara para voltar a funcionar, em Goiânia. O objetivo é que ela consiga, assim, indenizar as vítimas. Durante todo esse processo, um advogado vai acompanhar as contas da empresa, para avaliar se ela realmente tem capacidade para atuar novamente no mercado.

O pedido para começar o processo para recuperação judicial foi concedido no último dia 5 de outubro pelo juiz Danilo dos Santos. De acordo com a decisão, a empresa precisa apresentar o plano de negócios e pagamento de dívidas em até 60 dias.

Além disso, ficou determinado a “suspensão de todas as ações e execuções contra a empresa que versem sobre créditos sujeitos à presente recuperação judicial”.

Em nota, a Lon Tour considerou que a decisão judicial reforça que “jamais houve golpe, e sim uma crise financeira aliada a outros fatores”. Agora, a empresa pretende retomar as atividades e ressarcir os clientes.

A agência divulgou um balanço no qual afirma que fez uma lista com 249 clientes que foram lesados de alguma forma e que já foi estornada a maioria dos valores pagos com cartão de crédito pelos clientes.

O advogado Danilo Franco de Oliveira Pioli foi nomeado como administrador judicial da empresa durante todo o processo. Segundo ele, a função é ser um fiscal dos juízes. “O objetivo é verificar a situação financeira da empresa, fazer uma auditoria nas dívidas para ver a real situação, fazer uma assembleia com os credores para apresentar o plano de recuperação”, explicou.

O administrador explicou que recomendação, diante da decisão do juiz, é que as atividades da empresa sejam retomadas “o mais breve possível”. “Os donos falaram que, pelo que conhecem de turismo religioso, têm capacidade para se reestabelecer no mercado e honrar com os compromissos. Porém, eles ainda precisam resolver alguns trâmites burocráticos e conseguir uma operadora, que é quem faz a emissão das passagens áreas”, completou.

Por fim, Danilo afirmou que vai atuar de forma imparcial, analisando todo processo da agência. Caso ele conclua que a empresa não tem capacidade para continuar funcionando, vai informar ao juiz.

Cancelamento de pacotes

Os clientes começaram a denunciar que foram vítimas de golpe no início de julho. Elas procuraram a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), denunciando que, mesmo pagando pelos pacotes não conseguiam embarcar.

Entre as vítimas está uma família que foi para Roma, mas não conseguiu retornar ao Brasil porque teve as passagens de volta canceladas pela empresa. Já um casal chegou a pagar R$ 117 mil para passagens e hospedagens para o casamento, que seria realizado em Punta Cana, mas não tinha esperança de receber o pacote.

Os empresários Rodrigo Rodrigues e Giovanna Augusta Fernandes, donos da agência de turismo, foram indiciados por estelionato. De acordo com a Polícia Civil, ficou comprovado durante a investigação, que o casal celebrou novos contratos cientes da situação financeira precária da empresa, e “utilizando de má fé” para com os consumidores. Os prejuízos chegam a R$ 4,5 milhões.

Fonte: https://g1.globo.com/goias/noticia/agencia-de-turismo-inicia-processo-para-recuperacao-judicial-e-se-prepara-para-voltar-a-funcionar-em-goiania.ghtml

Para mais informações sobre Recuperação Judicial, acesse: https://sartoriadvogados.com.br/portfolio/recuperacao-judicial/

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